Independente do ramo de atuação e da atividade desempenhada, sabemos que um colaborador está sujeito a riscos ambientais no trabalho. Além disso, as condições do ofício podem trazer impactos ambientais significativos à vida dos trabalhadores. Ou seja, podendo ocasionar repercussões nos aspectos políticos, econômicos e sociais de uma população.
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Acima de tudo, é importante saber que, sempre que o colaborador fica exposto a algum dos agentes de riscos ambientais no trabalho, é obrigatório que a empresa ofereça equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados. Além de realizar a orientação e fiscalização do uso correto.
Sendo assim, hoje iremos falar sobre os riscos ambientais, as etapas de prevenção de riscos ambientais e controle. E o quanto estar por dentro do assunto pode facilitar para você consultor, identificar as necessidades da empresa e oferecer o treinamento adequado e que faça sentido para seu cliente.
O que são Riscos Ambientais?
A Norma Regulamentadora 9 (NR 9) define riscos ambientais como agentes físicos, químicos ou biológicos presentes no ambiente de trabalho. Esses agentes, dependendo de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, podem causar danos à saúde dos colaboradores.
É fundamental entender a diferença entre riscos e agentes. Por exemplo, um agente físico só se torna um risco quando ultrapassa um limite de exposição seguro.
Os riscos ambientais são classificados e representados por cores específicas. Vamos explorar cada tipo de risco e conhecer exemplos de agentes que podem estar presentes no ambiente de trabalho.
Vejamos a seguir:
1 – Riscos de acidentes (Azul)
Em resumo, são as condições perigosas que colocam o trabalhador em situação vulnerável e sejam capazes de afetar sua integridade, bem-estar físico e psíquico.
Por exemplo:
- Probabilidade de incêndios e explosão;
- Trabalhos em altura;
- Má iluminação.
2 – Riscos biológicos (Marrom)
O risco biológico é uma ameaça potencial para a saúde do trabalhador, assim como também ao redor de sua origem e outras pessoas.
Estão mais expostos a este risco, os profissionais que atuam em áreas específicas como no ambiente hospitalar, por exemplo. Alguns dos agentes biológicos, são:
- Fungos;
- Vírus e parasitas;
- Bactérias.
3 – Riscos ergonômicos (Amarelo)
Enquanto riscos ergonômicos, podemos considerar aqui qualquer fator que possa interferir tanto nas características fisiológicas como nas psicológicas, gerando algum tipo de desconforto ou danos à saúde do profissional. Por exemplo:
- Postura laboral inadequada;
- Ritmo excessivo;
- Levantamento de peso.
4 – Riscos físicos (Verde)
Nessa categoria, a legislação considera “agentes físicos” as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como:
- Ruídos;
- Vibrações;
- Temperaturas extremas;
- Radiações ionizantes.
5 – Riscos químicos (Vermelho)
Por fim, consideramos riscos químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador através da via respiratória. Por exemplo:
- Poeiras;
- Fumos;
- Vapores;
- Gases;
- Névoas.
Ou, então, aqueles riscos que, pela natureza de sua atividade, podem ser absorvidos em contato com a pele ou por ingestão.
Você sabe o que é Mapa de riscos ambientais?
Provavelmente, você já viu um desses mapas em alguma empresa. Em essência, o Mapa de Risco trata-se de uma representação gráfica dos fatores de risco que podem causar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.
Com o mapa de riscos, é possível identificar pontos de risco nos diferentes setores de uma organização. Isso significa reconhecer situações e locais potencialmente perigosos, capazes de causar acidentes ou doenças.
A elaboração do mapa de riscos ambientais é responsabilidade da CIPA, em conjunto com o SESMT. Esse processo envolve a criação de uma planta baixa dos setores da empresa, onde os riscos são levantados e classificados conforme o grau de perigo.
Implementar um mapa de riscos ambientais é fundamental para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Ao identificar e classificar os riscos, as empresas podem tomar medidas preventivas eficazes, reduzindo significativamente a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais.
Veja no exemplo a seguir:
Além disso, é importante ressaltar que o mapa de riscos ambientais não possui um prazo de validade determinado. Porém, deve ser constantemente atualizado de acordo com as mudanças ocorridas nos processos ou no próprio ambiente, que possam gerar novos riscos ou reduzir/neutralizar aqueles já existentes.
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Por lei, todas as empresas devem ter um PPRA definido pelos profissionais de segurança do trabalho ou medicina ocupacional. Pois, este documento assegura que durante o expediente existem regras estabelecidas a fim de evitar acidentes de trabalho.
Além disso, o PPRA tem como objetivo antecipar, reconhecer, avaliar e controlar as possíveis ocorrências relacionadas ao ambiente de trabalho, riscos ambientais que existem ou que possam existir e que são capazes de ocasionar danos à saúde dos colaboradores.
Por fim, vamos conhecer as etapas exigidas no PPRA pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE):
1 – Antecipação e reconhecimentos dos riscos
Primeiramente, esta etapa envolve a análise de projetos de novas instalações, métodos e processos de trabalho – ou o aprimoramento dos já existentes com o intuito de identificar os potenciais riscos ambientais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
Ou seja, a antecipação é a abordagem ideal para a prevenção de riscos ambientais. Incluindo a avaliação sobre os efeitos na saúde dos colaboradores e o impacto ambiental. Portanto, é realizada antes da concepção e instalação do processo, através de tecnologias mais seguras, com materiais e produtos menos nocivos e no local adequado do ponto de vista ambiental.
2 – Identificação/reconhecimento
Em seguida, a identificação dos riscos. Ela é fundamental na prática de higiene do trabalho, pois promove o planejamento de uma avaliação confiável, com o intuito de definir as melhores estratégias de controle.
Ela se baseia no reconhecimento dos agentes ambientais que podem afetar a saúde dos trabalhadores. Ou seja, implica nos conhecimentos dos produtos envolvidos no processo, tais como:
- Métodos de trabalho;
- Fluxo de processos;
- Layout das instalações;
- Número de trabalhadores expostos, etc.
Além disso, nesta etapa também ocorre o planejamento da abordagem do ambiente a ser estudado, seleção de métodos de coleta e dos equipamentos de avaliação.
3 – Avaliação
Logo após, este processo dimensiona e avalia os riscos presentes no ambiente de trabalho, medindo a exposição dos colaboradores. Ou seja, através de uma análise sistemática, é possível identificar aquilo que pode causar lesões e danos, a possibilidade de eliminar perigos e as medidas de prevenção e proteção para extinguir ameaças.
Desse modo, o objetivo desta etapa é determinar a magnitude, frequência e duração da exposição dos trabalhadores a agentes de riscos ambientais e operar preventivamente, mensurando a eficiência das medidas de controle.
4 – Prevenção e controle
Por fim, nesta etapa são implementadas as estratégias para eliminar ou reduzir a níveis aceitáveis a presença dos agentes de riscos ambientais no local de trabalho.
Neste momento, leva-se em consideração as consequências da exposição, o número de trabalhadores em risco e os fatores administrativos.
Mitigação de Riscos Ambientais: conheça a Escudo
A melhor maneira de consolidar o que aprendemos é praticando, certo? Após esta leitura, certamente ficou mais fácil identificar e entender os riscos ambientais no trabalho.
Agora que você compreende como funcionam os riscos ambientais, é hora de conhecer a plataforma que vai ajudar a mitigar esses perigos na empresa de seu cliente.
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